Entrevista na
E. E. Oswaldo
lucas Mendes
(TAI)
Entrevista na
Praça Viva Vida
(TAI)
Alunos do Ramiro em
roda de conversa
(Jeq)
Alunos da
Escola São Miguel
(Jeq)
Alunas da são Miguel
respondendo ao
questionário (Jeq)
Assentamento
Franco Duarte
(Jeq)
Assentamento
Franco Duarte
(Jeq)
análise da
pesquisa de
campo
análise da
pesquisa de
campo
pinagem dos
territórios
cartografados
pinagem dos
territórios
cartografados
apresentação
de Araçuaí
apresentação de
Jequitinhonha
apresentação de
pedra azul: doc
araçaji de minas
apresentação de
Taiobeiras
criação de
personas
autoavaliação
nomeação
divulgação

Espiaí

Localizaí é uma cartografia-processo. Um gatilho para o mapeamento das juventudes do Jequi que surgiu através do projeto "Redes juvenis e as diversas urbanidades". O Localizaí começou pelas cidades Araçuaí, Jequitinhonha, Pedra Azul e Taiobeiras, e a ideia foi mapear para conhecer e dar a ver quem são as juventudes desses territórios. Discutimos quais são seus sonhos, seus medos e como se organizam, e refletimos sobre como os espaços em que estamos interferem nisso tudo.

Olhar investigativo sobre o território
Araçuaí — Jequitinhonha — Pedra Azul — Taiobeiras

Uma cartografia coletiva dos jovens do Jequitinhonha

Os mapas modificam nossas vidas e as nossas vidas estão refletidas nos mapas. O que significa ser nordestino ou sudestino? Ou ser do Vale do Jequitinhonha ou do Mucuri? Como uma delimitação geográfica modifica o que comemos, como falamos, nosso jeito de pensar e viver?

Sabe aquela sensação de sair do próprio corpo pra olhar do alto uma cena de que você também faz parte? Foi mais ou menos isso que a gente fez. Entrevistamos jovens como nós pra tentarmos olhar do alto e entender melhor quem somos enquanto juventudes do Jequi.

Nesse recorte que construímos, investigamos 85 jovens desses municípios e começamos a traçar um perfil. Convidamos você a explorar com a gente um pouco do que descobrimos e a embarcar nesse olhar investigativo sobre nossos territórios.

MAPA

E Se a gente juntasse todos os jovens de cada cidade em um@ só, o que daria?

João Modesto

“Só de querer ser, você já é.”

Tenho 18 anos, moro em Jequitinhonha com meus pais e meus dois irmãos. Já viajei muito pelo Vale e por Minas, adoro ouvir os casos e as memórias dos mais velhos.O que eu mais quero é estudar fora pra poder voltar e trabalhar aqui no Vale. Sou bem eclético! Amo fotografia, cavalos, música, cerveja, cultura popular, política, ficar na internet, participar dos movimentos sociais, andar de bike, conhecer mais sobre religiões, andar de skate e ver filmes. Já terminei o ensino médio e agora tô estudando pra passar no vestibular. Faço também curso de teatro, coral e violão aqui na cidade. Na minha mochila nunca falta meu celular, minha câmera fotográfica, caneta e papel e uma muda de roupa!Aqui em Jequitinhonha gosto muito de andar pela cidade, ficar na beira do rio, sair com os amigos e peguetes pra comer no trailer e beber na árvore do centro.

Luciana do Congado

“Falta muita oportunidade ainda, mas vejo um futuro esperançoso pela frente.”

Vim de BH pra morar em Araçuaí. Ainda tô me acostumando. É bem diferente a vida por aqui. Tenho 24 anos, sou autônoma, solteira e moro aqui com meus pais. Já completei o ensino médio e fiz um técnico também. Minha vontade mesmo era fazer faculdade de Medicina, mas não tem o curso na cidade. Na bolsa sempre levo livros do Instituto Federal, água e protetor solar pra aguentar o calor de Araçuaí. No dia a dia vejo muita Netflix, fico vendo as histórias de Instagram, tomo sorvete no Sorvete Amigo e vou à igreja e em reuniões políticas da cidade sobre direitos das juventudes. A noite de Araçuaí é bem boa! Tem muitas festas e uns lanches bem bons: baratos e grandes! Ando muito de mototáxi pra ir na Praça Dona Qui Qui, no Dubom e no Dogão.

Petrolino Araçá

“A cidade é boa, só faltam mais oportunidades.”

Tenho 17 anos e moro com meus pais e meus irmãos no assentamento rural de Araçaji, distrito de Pedra Azul. Não saio de casa sem meu celular, carregador e foninho! Minha playlist é uma mistura de funk, rap e sertanejo universitário. Hoje eu ainda tô terminando o ensino médio, mas meu sonho é ir pra outra cidade fazer faculdade. É muito difícil arrumar emprego por aqui.Não viajo muito, não. Gosto muito de ficar por aqui andando apé com meus amigos pras praças, pros grupos da igreja e pros bares. No dia adia fico muito no Instagram e no Facebook e ajudo na arrumação de casa e a olhar meus irmãos, também. Como muita feijoada e basicamente qualquer coisa que tenha queijo.

Roxete das Pracete

“Dormi na praça pensando em emprego e faculdade.”

Tenho 18 anos e sou de Taiobeiras. O estado civil depende de quem pergunta, né?! Moro com minha mãe Roxxane e estou terminando o ensino médio e fazendo espanhol no UAITEC. Faço também um monte de cursos de beleza e estética pelo YouTube. Sou blogueirinha nas horas vagas, adoro jogar bola, bater papo e namorar nas praças. Faço parte de um grupo de teatro da cidade e tô nos movimentos sociais todos aqui do Vale. Sou meio colorê, mas sou gente boa! Na minha bolsa não pode faltar um gloss, dados móveis, pequi, corote ou cantinão, e uma caixinha de som.
Na minha cidade eu fico andando pelas praças, comendo lanche em uns lugares bem babado e confusão, tipo o D’talia! Além disso, vejo muita série e adoro comer feijoada, cachorro-quente, churrasco, pastel de feira, pizza e de gastar horrores no Centro.
Mas o que eu amo mesmo nessa cidade são as praças e o pôr-do-sol!

Sertanejo, funk, axé, rap, forró, pagode, MPB, arrocha, samba, pop, eletrônica, rock, baião, gospel, blues, jazz, clássica... UFA. Nossa cartografia mostrou que no Vale se ouve é de tudo. Dá uma olhada na nossa playlist.
Para ouvir na kombi a caminho de Araçaji, debaixo da Árvore de Jequitinhonha, no alto-falante do D`tália ou dividindo o foninho no Sorvete Amigo.
Obs.: ela é colaborativa. Pode adicionar mais som na caixinha.

Localizaí, bb ♫

No nosso levantamento, A gente mapeou também os movimentos juvenis que fazem parte da nossa vida. Acessaí a lista e, se sentir falta de algum, ajuda a gente a aumentar essa cartografia!

Movimentos juvenis

Cartógraf@s

A cartografia Localizaí é um trabalho coletivo que está aberto à continuidade. O pontapé inicial foi dado por essa equipe aqui:


Anne Rodrigues (PED)
Bruno Lobo (TAI)
Daniela Santana (TAI)
Darlian Rodrigues (ARA)
Débora Luiza (ARA)
Jhonatan Alcântara (JEQ)
João Pedro Rodrigues (PED)
Lizian Martins (ARA)
Murilo Santos (TAI)
Raylson Magalhães (ARA)
Thômas Aguiar (JEQ)



As cartógrafas e cartógrafos contaram com um coordenador da Rede de Comunicadores por cidade, para apoio na organização dos dados coletados.

Felipe Cortez (TAI)
Felipe Matos (JEQ)
Lucas Martins (ARA)
William Nascimento (PED)

ARA = Araçuaí
JEQ = Jequitinhonha
PED = Pedra Azul
TAI = Taiobeiras


Equipes de facilitação:
Associação Imagem Comunitária: Raissa Faria, Priscila Justina, Laiene Inácio.
Polo Jequitinhonha UFMG: Phellipy Jácome, Isabelle Chagas.

Publicações

Zine

Rede de Comunicadores do Vale do Jequitinhonha

A Rede reúne coletivos e comunicadores populares do Vale do Jequitinhonha que têm como objetivo produzir em rede comunicação alternativa que gere visibilidade para as diversas narrativas locais e promova a memória da região. A Rede atua:
a. fomentando a formação de coletivos locais de comunicação popular;
b. fomentando a discussão do direito à comunicação e da democratização das mídias;
c. incidindo nas produções locais de conteúdo, buscando contemplar uma diversidade de narrativas, sujeitos, práticas e territórios.

Integraí

Quer inserir um espaço ou informações sobre movimentos juvenis de alguma cidade do Vale do Jequitinhonha? Mande um e-mail pra Rede com as informações e nos ajude a preencher esse mapa!

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